Deserto
Andámos preocupados quando era suposto chover e não chovia, mas agora chegam as férias, a praia e o calor e parece que nos vamos esquecendo. A verdade é que encontramos forma de voltar a reequilibrar as coisas e a substituir a preocupação pela ilusória sensação de segurança.
Mas o tempo não está para sensações ilusórias. A verdade é que o nosso modo de vida (o ocidental, consumista, o da cultura do desperdício) está ameaçado. Mais ameaçado pelo aquecimento global do que pelo défice, aumento dos impostos, idades das reformas, supostos arrastões. Hoje, mais uma vez, impôe-se um novo modo de estar. E não começa pelo vizinho, mas por nós. Como fazê-lo? Pois bem, não sei das soluções globais e estruturais, que bem gostamos de apontar a falta aos nossos governantes, mas sei daquelas que posso e devo fazer.
Não pretendo moralizar. Apetece-me praia e sol. Gosto de piscinas e de tomar duches longos. Mas tudo isto está ameaçado. E já está a acontecer. Está a acontecer a cada momento que passa. E assusta, ah pois, assusta.
1 Comments:
At 12:13 da manhã, Anónimo said…
Eu acrecentaria, e parafraseando a outra "posta" em cima:
"Só tenho olhos para o que vejo."
Falta de água? Mas na MINHA torneira ela continua a correr a jorros, quero lá saber! A jorros meus amigos!
E assim vou vivendo... até ao maravilhoso novo dia em que o mundo à minha volta colapsar e eu atirar a culpa para cima dos outros.
Sacudir a água do meu capote. Como se costuma dizer. Mas aí nem água terei para sacudir. E quem diz água diz tudo o resto. Eu também não gosto muito de ser "moralista".
pedro
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