A entrega
No carro, ele arrebita e começa o stress do trânsito na baixa. Pode ser rápido e simples. Ou apanhamos um eléctrico engatado e está tudo estragado. Depois, mais perto da escola, damos voltas e voltas para estacionar. Chegando à escola, ele lá me pede com voz de bebé "leva-me à sala". Eu vou e tem dias que é mais fácil que outros.
Hoje, vi outras entregas e suspirei de alívio por a minha ser mais do tom pastel do que do tom garrido! Nas escadas, apanhei um miúdo com uns 5 anos a gritar para a mãe "Eu subo sozinho, eu não subo com ninguém, fica aí, eu subo sozinho, eu vou sozinho, eu quero ir sozinho, fica aí, deixa-me ir sozinho". Eu e a Criança passámos como se não fosse nada connosco. Ao entrarmos, ele lá fez a carinha, mas ficou logo bem sem olhar para trás. À saída, apanhei uma miúda mais velha (7,8 anos) a gritar à mãe "Xô, xô, vai-te embora" e a empurrá-la.
Saí a correr e, na rua, levantei os braços ao céu e agradeci ao Senhor ainda não ter chegado a minha hora de ser expulsa da escola do miúdo pelo próprio miúdo. Xiça! Eu é que ficava a chorar.
1 Comments:
At 11:33 da manhã, ana said…
ihihih!
mas não seria necessariamente mau sinal. há miudos que precisam de se sentir fortalhaços.
este post fica a pedir outro chamado "a recolha"
bonita entrega a tua
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