Ver e agarrar
Há anos que não a vejo. Nem tenho a certeza se sei o nome dela. Não fazia ideia que tinha filhos. Eu era outra pessoa quando a conheci. E, em dois dias, desenvolvemos um ritual, um hábito quase. Hoje, entre a chuva, acho até que me fez uma careta por lhe estar a roubar o lugar.
O tempo passa por nós a uma velocidade extraordinária e devolve-nos pedaços de nós de forma bem inesperada e estranha. De repente, aquela mulher de quem nada sei anda por aí e cruzamo-nos como vizinhas. Gosto disso. É a vida a dizer olha, olha bem. Agarra, não deixes passar.
1 Comments:
At 3:20 da tarde, ana said…
não a deixas estacionar, depois vais agarrá-la e não a deixar passar! meu deus! a rapariga vai apanhar um susto!
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