Os animais são nossos amigos?
Enfim, desfecho? O bicho saiu graças à bravura da minha prima que, entretanto, chegou a casa e me salvou. Obrigada.
Tenho um problema com animais. Já tive ratos, mini ratinhos maxi nojentos, numa casa em que vivi. Matei um à vassourada e gritei como se não houvesse amanhã. O resto da ninhada ficou presa na ratoeira.
Os cães são queridos, mas sinto que a qualquer momento podem atacar. Não confio neles. Os gatos são à maneira, mas deixam pêlo em todo o lado e provocam alergias. Os pombos são uma praga, os pássaros em geral demasiado marcados pelo Hitchcock para serem de confiança.
A verdade é que os únicos animais que são meus amigos são os animais selvagens. São belos, independentes e estão no mundo deles, longe. O conceito de domesticar animais é um contra-senso. Não é suposto. Deixem-nos estar.
As crianças adoram animais. Eu também. Sinceramente, um zangão assusta-me mais que um leão porque sei que dificilmente vou estar cara a focinho com um. "Vamos fazer amigos entre os animais, que amigos destes não são demais na vida", mas por correspondência, ok?
9 Comments:
At 9:38 da tarde, Anónimo said…
Quando a caixa de correio é bombardeada com a associação animal e a fátima lopes a dizer repetidamente que defende o uso de peles, lembro-me o quão distantes estamos dos animais (ou abusadamente perto). Entretanto li agora A Desgraça do J.M.Coetzee que entre vários temas, aborda o da nossa relação com os animais. O nosso amor por eles ou o nosso desamor. Vamos ser amigos dos animais, vamos amá-los por favor (mesmo que seja por correspondência), e para isso não é preciso ser budista nem vegetariana..
At 11:19 da tarde, Anónimo said…
Eu gosto de cães. Há alguma coisa mais bonita do que um cão a dormir na rua? E há alguma coisa melhor do que acordá-los e falar com eles, enquanto eles nos observam com cara de sono? E há alguma coisa mais bonita do que um cão a abrir a boca com sono? Bom, se calhar há. Mas eu sou pouco vivido e prosaico nos prazeres. Hoje mesmo vi um cão a dormir no meio da estrada. À noite, para aumentar o perigo. Não passam lá muitos carros, mas de vez em quando passam alguns. O gajo deve ser maluco. É isso. Gosto de cães que têm pinta de malucos. E quando passo por eles costumo falar-lhes. Acho que é o único animal, tirando as criaturas humanas, com que falo na rua. Eles devem achar que eu é que tenho pinta de maluco. Mas não faz mal. Tenho a certeza que qualquer pessoa de bom senso que veja na rua um cão a ouvir-me falar topa logo quem é o maluco. Também gosto de cadelas, mas o meu fetiche são mais os cães. Acho que é uma questão de identificação pessoal com eles. Se fosse um animal acho que queria ser um cão. Mas não era um cão qualquer. Tinha que ser um rafeiro e com pouco pêlo. Mas como não se pode ter tudo, calhou-me ser criatura humana, rafeira e com considerável pêlo, espalhado pelo corpo, que na cabeça já tive mais.
At 11:36 da manhã, ana vicente said…
Tremelicar, tremelicar, pfffff, nem por isso, quer dizer, mais ou menos, ok eu confesso: quando a minha boa amiga Sandera me mostrou os cavalos, eu tremi mesmo e queria fugir a sete pés. Quando eles estão cá fora, ainda vá, uma pessoa vê a beleza ao longe. Agora quando eles estão metidos nas suas casinhas e só sai a cabeçorra, ui! A juntar a isso, ter de passar por um corredor mínimo que não tem largura suficiente para uma distância de segurança... é um stress. Prefiro vê-los ao longe a cavalgar, que bonito. Ou mesmo nos filmes...
Não quero que fiquem dúvidas: eu adoro animais e sou pela sua defesa! Quero-os longe, é só isso. Há depois outros seres que não considero animais sequer: os insectos (excepto as joaninhas e as borboletas) e os ratos.
At 12:02 da tarde, Anónimo said…
Falando de animais, tenho um anúnico a fazer.
O 5 (tb conhecido como "que raio de prenda um peixe de natal") deixou-nos.
É verdade, ao fim de 5 longos meses de andar as voltas num aquario redondo ele decidiu dar um passo em frente. Desbravar novos mundos, conhecer novos peixes, criar familia, procurar o sentido da vida, o santo graal, a solução para a paz mundial ou talvez encontrar o Nemo. Mas acabou no chão da minha cozinha.... cinzento e seco...
Eu vi nos seus olhinhos um sorriso, que dizia valeu a pena... valeu a pena ter sido fechado num saco de plástico durante umas horas.
Agora Jaz, junto dos meus narcisos no meu quintal. Se quiserem podem já começar a fazer filas... eu sei que depois do Pápá, e o Principe Rainier, esta era a pior noticia do dia. Mas vamos ser fortes, e não vale a pena empurrarem... a lugar para todos.
Chico Bolila
At 12:09 da tarde, Anónimo said…
Não sou animalaofanática mas gosto de animais. Na generalidade dou-me bem com todos muito embora reconheça que há coisas menos agradáveis.
Os gatos irritam-me pelas unhas! As garras!! Que se interram... argh. Os zangões tb são meio feiosos... aquele pelão... nhac! Os cavalos têm cá um coice!!! Já tive uma perna bem negra!! Mas depois há os cães... Esses não em irrtariam caso não existisse o MATIAS... Nem se como é que este animal ainda nunca tinha sido comentado... Para quem não sabe, passo a explicar: O Matias é o animal mais estúpido existente à face da terra. Tem pinta de maluco, por isso amigo j.c.t.p. RECOMENDO-O!!!! Posso marcar um encontro para lho oferecer de laço rosa e tudo!!
É o meu cao... Adoro-o... MAs por mim ele desaparecia da minha vida. É um amor quando boceja e me olha de lado cheio de sono... Mas há coisas melhores na vida. É um querido quando dá beijinhos... MAs no fundo no fundo é a coisa mais irritante do mundo! E ao contrário do que é suposto não faz companhia lá em casa... ELE É QUE PRECISA DE COMPANHIA, ele quer ser nosso amigo, ele precisa de nós... É um animal ao contrário e mais não digo!
a.m.
At 12:15 da tarde, Anónimo said…
Esqueci-me de completar a frase "é um animal ao contrário" com um facto muito curioso: NA RUA ANDA SEM TRELA, EM CASA ANDA DE TRELA!
a.m.
At 3:41 da tarde, Anónimo said…
Na minha visão, parece-me bastante óbvio que "não gostamos" dos animais. Só gostamos deles em depência daquilo que eles nos dão em troca... e isso, para mim, não é gostar...amar, enfim. Existem excepções, claro, e momentos de preocupação genuína, mas são raros. Bem, não são tão raros quanto isso, acredito que não, quero acreditar nisso.
Mas basta olhar à nossa volta e existem provas mais do que suficientes, não gostamos deles com um sentido de respeito pelo menos. E pelo menos isso, respeito pela sua vida. Respeito de igualdade. De direito a viver. (Não, não sou contra o uso do preservativo!) :-)
-Olha uma mosca, e lá vem a mão e zás! a mosca já era! Não vejo lógica alguma nem respeito neste gesto. E falo por mim, também.
Até porque quando vemos uma pessoa a ter um comportamento anti-social, por exemplo, pensamos logo: Olhem-me para aquele animal!!!
Se nem pelas pessoas que se comportam como animais nós temos respeito, o que não faremos com os animais, insectos e demais bichinhos incluídos?
Quero deixar claro que não ando por aí a dar beijinhos e abracinhos a baratas, até porque tenho um trauma com baratas! :-)
pedro
At 3:50 da tarde, Anónimo said…
E já repararam naquelas reportagens de telejornal em que entrevistam pessoas zangadas com determinadas situações em que foram mal tratadas, por exemplo um voo no aeroporto qiue foi cancelado e tiveram que esperar 3 horas sem nenhuma comunicação por parte da companhia aérea, etc:
- Foi horrível! É revoltante! Não há respeito! Trataram-nos como uns animais!!!
Está tudo dito! :-)
pedro
At 4:02 da tarde, Anónimo said…
Isto sim!!!
É uma pessoa honrada com atitudes nobres!
Daqui a 2 dias tens milhares de filhotes minúsculos a voarem pela casa a chamarem-te: MADRINHA! MADRINHA!
pedro
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