A minha vida tem Banda Sonora
Não ouço música na cabeça. Mas ouço música pelo corpo. Estou sempre a ouvir música e, quando isso não acontece, canto, cantarolo, murmuro-a...
O rádio no carro é indispensável à minha sobrevivência. Mas estou atenta a outros sons.
Ontem à noite, ouvi os grilos de Alcochete e senti-me de novo em férias. E, de novo o rádio, porque na ponte não há grilos, há inteligência superior de engenheiro. 22H-24H, Radar 20 anos, 97.8, "músicas que marcaram uma geração 20 anos depois". E vai de ouvir "Here comes you're man", Pixies, seguido do refrão de Lloyd Cole "She's got a perfect skin", o que me deixou baralhada e confusa. A 120, alcochete lisboa, músicas que marcaram uma geração, que me desfocam o momento, que fazem a (minha tão necessária) ponte entre ficção e realidade, entre ficção e emoções. "Emotional rescue", Rolling Stones?, já nem sei... "Anzol", Rádio Macau, mesmo à entrada de Lisboa. E as outras todas de seguida, que a memória apagou, mas que no momento me surgiram como sinais para interpretar, como soluções perfeitas, como perguntas sem resposta, como puro divertimento.
Hoje de manhã, Antena 3, 100.3, "a melhor rádio do mundo", de novo "Here comes you're man", Pixies. Endireitei-me no assento, cantei, aceitei a repetição, reconheci a ironia e pensei "xiça, a banda sonora é mesmo boa, é pena ser tão explicativa/ilustrativa do que acontece. Podiam ser mais subtis".
O rádio no carro é indispensável à minha sobrevivência. Mas estou atenta a outros sons.
Ontem à noite, ouvi os grilos de Alcochete e senti-me de novo em férias. E, de novo o rádio, porque na ponte não há grilos, há inteligência superior de engenheiro. 22H-24H, Radar 20 anos, 97.8, "músicas que marcaram uma geração 20 anos depois". E vai de ouvir "Here comes you're man", Pixies, seguido do refrão de Lloyd Cole "She's got a perfect skin", o que me deixou baralhada e confusa. A 120, alcochete lisboa, músicas que marcaram uma geração, que me desfocam o momento, que fazem a (minha tão necessária) ponte entre ficção e realidade, entre ficção e emoções. "Emotional rescue", Rolling Stones?, já nem sei... "Anzol", Rádio Macau, mesmo à entrada de Lisboa. E as outras todas de seguida, que a memória apagou, mas que no momento me surgiram como sinais para interpretar, como soluções perfeitas, como perguntas sem resposta, como puro divertimento.
Hoje de manhã, Antena 3, 100.3, "a melhor rádio do mundo", de novo "Here comes you're man", Pixies. Endireitei-me no assento, cantei, aceitei a repetição, reconheci a ironia e pensei "xiça, a banda sonora é mesmo boa, é pena ser tão explicativa/ilustrativa do que acontece. Podiam ser mais subtis".
posted by ana vicente @ 9:02 da manhã
3 Comments:
At 10:52 da manhã,
ana said…
ter banda sonora é optimo. e se a sentes no corpo ainda melhor.
eu costumo ouvir música na barriga, como aquele desenhos animados que até acho que já não era da minha geração, e que eram ursinhos (detesto ursinhos, mas...) com desenhos na barriga enorme e um tinha uma colcheia azul.
soube-me mesmo bem ler este mail sobre música e bem estar simples logo pela manhã.
(ps essa é a pior música dos pixies, :-b as outras para além de serem muito melhor rock, até têm a vantagem das letras não serem tão ilustrativas!)
At 12:27 da tarde,
ana vicente said…
Não sei quais são esses desenhos animados...
Na barriga, sinto friozinho.
A música funciona como encenação das coisas que se passam cá dentro, como quando se observa o mundo através da janela do carro, em que tudo parece estar a acontecer para espelhar o teu ponto de vista.
Às vezes, a música serve só para ouvir. E às vezes o mundo é só um pano de fundo. Mas cada vez é mais raro, em mim, ver ou ouvir a neutralidade.
(p.s. é um post ;) )
At 2:22 da tarde,
T. M. said…
es estou sempre a "cantar para dentro", como costumo dizer... das coisas mais giras que me acontecia quando era puto era eu e a minha older sister estarmos a cantar para dentro exactamente a mesma musica e comecarmos a canta-la para fora ao mesmo tempo. magia pura :)
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