Sem saltos no ar
Para mim, o Ballet Gulbenkian representa a excelência, representa a abertura, o encontro entre público, bailarinos de excepção e coreógrafos de todo o mundo. Na Gulbenkian, a Criança viu pela primeira vez um palco e gente lá em cima. Na Gulbenkian, impressionei-me sempre, se não pelas coreografias, sempre pelo brilhantismo dos seus bailarinos.
Não sei o que vai ser agora. Nem vou acusar a Fundação Calouste Gulbenkian de nada, ou não fosse a instituição que mais tem feito pela cultura, arte e investigação em Portugal. Se decidem extinguir um Ballet com 40 anos, não o fazem de ânimo leve e terão, sem dúvida, um projecto delineado e pensado para a dança. Só posso pensar assim.
Hoje quero apenas expressar a minha tristeza. Fica uma sensação de vazio. Não haverá mais temporadas do Ballet Gulbenkian. Para aqueles bailarinos, que sempre admirei profundamente, fica apenas uma palavra: coragem. E, já agora, outra: obrigada.
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