As fotos de férias
Na hora da revelação, perante uma foto menos feliz (não comigo, não pensem), considero que as máquinas digitais são a melhor opção: evitam este embaraço.
Entretanto, revelar as fotos soa a dever cumprido, mas também a declaração oficial de fim de férias. Continuo melancólica, lamento.
Reconheço mais uma vez o talento da Criança para tirar fotografias. Com apenas 4 anos, faz uns excelentes enquadramentos e até tira auto-retratos sem problemas. Como modelo nem se fala.
Havendo também fotografias digitais das férias a circular, vem o problema das incompatibilidades informáticas. Recebo queixas de quem não as consegue ver e comentários simpáticos de quem as vê sem problemas. Há ainda quem não veja as fotos e depois diga ah, não percebi.
Enviamos as fotos como que a dizer: olhem, é verdade, eu tive mesmo férias e vejam como foi divertido. É um grito de vida, uma espécie de tentativa de redenção. Pensamos, ao ver as fotos, pronto, tive direito a isto, mas agora só restam estas provas, agora estou de volta.
No rolo que revelei agora, há ainda fotos da festa de fim do ano lectivo da escola da Criança. É impressionante: são iguais às nossas de há 20 anos. As crianças em fila, os espectadores babados, até as paredes são iguais... É verdadeiramente incrível ver o tempo passar... Por isso, há as fotos. Numa foto tirada há 20 e tal anos, dois amigos descobriram, na idade adulta, que tinham sido coleguinhas da Primária. Ver assim tais fotos é a constatação que também a Criança será esse adulto.
1 Comments:
At 5:14 da tarde, ana said…
como a minha mãe não arrumou muito bem as nossas fotos, às vezes era difícil definir quem é quem nas fotos de criança, se sou eu se é a minha irmã mais velha.
ha muito pouco tempo descobri uma diferença que teve um dupla vantagem: já recuperei as minhas fotos, e passei a ver o meu narizito batatudito como uma forma de afirmação ;-)
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