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Duas boas amigas juntam-se para desarrumar os bibelots.

terça-feira, janeiro 11, 2005

A broa e as migalhas

Aprendi uma nova expressão a semana passada, que me foi dita por uma pessoa sábia à qual já me referi noutro post. Andei a usá-la a semana toda comigo mesma e com a minha boa amiga Sandera e, agora depois de deglutida convenientemente, já me sinto capaz de usá-la em pleno.
A expressão foi usada algo assim: "tu queres a broa e não as migalhas". Dentro do contexto específico em que a frase surgiu, fez-me sorrir e acho que sempre fará, mas acho possível aplicá-la em qualquer situação na qual ela se adeque em pleno sentido.
O sentido da frase é "por que é que te contentas com menos do que aquilo que mereces e queres?" (por isso precisei de uma semana, para não pensar no bolo rei). Este sentido pode ser usado tão estupidamente como a frase publicitária "se eu não gostar de mim, quem gostará?". Mas pode ser realmente apreendido e manter-se como mote activo para o nosso quotidiano e acções.
A verdade é que, extrapolando para lá da minha vidinha e observando as vidas que estão à minha volta, há muita gente a contentar-se com migalhas, mesmo querendo a broa. Há quem não saiba que quer a broa, mas mesmo quem sabe, muitas vezes, acha que não a merece. Ou seja, é tudo uma questão de olhar. Como nos olhamos nós? Qualquer migalha é bem vinda ou queremos trincar a broa toda? Broa aqui é vida e, já agora, boa como a broa.

2 Comments:

  • At 12:53 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ah pois é!!! MAs às vezes é melhor irmos tendo as migalhinhas porque podemos não estar preparados para a broa! É também preciso saber esperar e atacar a broa no momento certo ;)

    É claro que quando temos a broa temos tudo (e é isso que é suposto querer - o melhor para nós), inclusive a possibilidade de ficar com todas, todinhas as migalhas, que até vão sendo saborosas!!! Por isso aprendamos a fazer broa e a comê-la!!

    a.m.

     
  • At 10:29 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Se a felicidade tiver a forma do pão que nos alimenta, então os momentos mágicos e autênticos são as migalhas de felicidade que nos matam a fome de viver...
    Se a seguir a esses momentos surgirem as lágrimas, essas servem para nos matar a sede de amar...
    Estranha forma de vida de quem se alimenta dessas migalhas e sacia a sua sede nessas lágrimas...
    Querida Ana, concordo contigo nessa dissertação sobre o todo e a pequena parte,mas foi esta a forma de o expressar.
    beijitos da Fatinha

     

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