Duas boas amigas juntam-se para desarrumar os bibelots.
posted by ana vicente @ 1:38 da tarde
Ana Vicente nasceu em Lisboa em 1977. É licenciada em Filosofia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Dramaturga desde 1997, é autora do texto do espetáculo “Rua de Dentro”, pelo Teatro O Bando, nomeado para “Melhor Texto Português representado” dos Prémios Autores de 2011 da Sociedade Portuguesa de Autores. Colaborou com diversos criadores e grupos de Teatro, entre os quais Gustavo Vicente, Miguel Moreira e Susana Vidal. É autora do livro Eubarratubarramim, editado em 2003 pela Ponta, Associação Cultural com o apoio do IPLB, sendo a sua primeira obra de ficção publicada. Escreveu o conto Erropção para o primeiro número da Revista Base, em 2005. in_temporal_2012 é a sua primeira publicação online.
7 Comments:
At 2:21 da tarde,
ana said…
esse sentimento é-me muito frequente.
há pouco tempo apercebi-me da relação entre um sonho que me marcou muito e tive enquanto menina e a história de uma pessoa muito próxima.
é estranho, arrepia. faz suspeitar que existe mesmo um motivo muito mais forte do que parecia para estarmos ali.
a arte fica sp àquem. já o lord henry do retrato de dorian gray do oscar wilde dizia isso. (ihih, vamos começar mais uma discussão sobre este senhor???)
At 2:26 da tarde,
ana vicente said…
Mas é claro que a minha referência é esse senhor. O wilde!
é ele que o diz num Ensaio sobre Estética. Edição em português da Cotovia, chamada Intenções e com um subtítulo do género 4 ensaios sobre estética e...
Tenho a certeza que há um motivo, mas nunca parecemos ver com clareza o desfecho.
At 2:52 da tarde,
Anónimo said…
hummmm... Este post promete!!
Fico então à espera de mais momentos, e depois comento :P
a.m.
At 3:23 da tarde,
ana said…
mas que completa a tua referência (com ref à editora e tudo, profissional tu!)!!!
sim, o desfecho não se vê. faz-se, né?
espero que a tua vida seja sempre sempre ainda melhor que a tua já tão boa arte!
At 3:42 da tarde,
ana vicente said…
ana, é porque gosto muito desse livro. mesmo muito.
Muito obrigada pelo teu desejo e pelo elogio à minha arte.
a.m., és mesmo ciganita. raio da miúda, perspineta.
At 4:51 da tarde,
Tiago Mendes said…
a "arte" ou a "expressao artistica"?
e sera' mesmo "preparacao"? ou apenas "antecipacao"? ou mesmo "congeminacao"?
ou seja, ha' ou nao um nexo causal entre o que escreveste e o que vives agora? ou serao coincidencias? estavas consciente, quando escreveste, que estavas a viver (pela escrita) algo que se iria concretizar?
uma coisa e' certa, e acho que esta' de acordo com o teu post: na escrita tambem nos "cumprimos". e a escrita (pelo menos para mim) acaba quase sempre por ser uma descoberta, e nesse sentido influencia os dias que correm. acho que no meio termo entre ser um "reflexo" do que ja' la' estava, e ser uma "lente" para o ver melhor, podemos usar a palavra "preparacao" sem grande descuido...
...isto e' a minha mente positivista a pensar. DE resto, acho o post mto melhor como esta: escorreito e desempoeirado.
At 6:20 da tarde,
ana vicente said…
Grande comment, Tiago, obrigada.
Acho que é muito do que dizes. SIm, acho que ao criar qualquer coisa, estou a ver as coisas de uma determinada forma e, por isso, a exprimir o meu ponto de vista. Quando as escrevi, eram expressão também do que tinha vivido.
agora aparecem-me ainda mais oportunas do que aquilo que vivi antes para as criar. Não sei se dá para perceber, mas é como se, agora, o ponto de vista exposto ali vá ganhar valor. como se a vida estivesse a pôr em cheque, a testar o meu ponto de vista. acho que é isto. De uma forma muito irónica e cáustica, quase divertida.
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