naperon

Duas boas amigas juntam-se para desarrumar os bibelots.

segunda-feira, abril 18, 2005

Uma & John

Tenho uma obsessão por cenas de dança em cinema. Há uma cena de dança e, pronto, lá estou eu deslumbrada. Posso estar a ver o pior filme do mundo, ou um muito mau como o "Perfume de mulher", mas dêem-me uma cena de dança, como a do Al Pacino nesse filme, e derreto-me.
Há casos de cenas de dança excepcionalmente boas. No meu top, a melhor cena de dança jamais feita, aquela que me arrepia vezes sem conta, é mesmo a do "Caso Thomas Crown", com a Rene Russo e o Pierce Brosnan.

Isto tudo a propósito do filme "Be cool", que está agora em exibição. Não é grande coisa, é simplesmente divertido e é um daqueles filmes em que parece que os actores estão a divertir-se em vez de representar. Neste caso, e como parêntesis, às vezes parece que o Travolta está a levar-se demasiado a sério, mas pode ser só impressão minha.

O que interessa é a cena de dança. Todo o material de divulgação do filme que vi e ouvi falava disso. É compreensível: John Travolta e Uma Thurman voltam a dançar juntos depois da magnífica dança em "Pulp Fiction"! É óbvio que tinha de ir ver. Pois bem. A cena não se compara. A do "Pulp Fiction" marcou. Toda a gente de vez em quando se põe a fazer V's em frente à cara enquanto abana ligeiramente a cabeça. Não vai acontecer o mesmo com esta. Mas é uma cena de dança. E isso, meus amigos, é suficiente para mim. É certo que a cena é dividida com os Black Eyed Peas, mas os momentos que vemos são suficientemente motivadores para me calarem. É certo também que o Travolta parece que está com medo de se mexer e que a cena é toda da Uma Thurmam, mas há coisas com as quais eu sei viver muito bem. Não é brilhante, mas eu adorei. Porque a Uma está fenomenal - melhor que aquilo só mesmo a fazer kung fu no Kill Bill.

Numa palavra, chegou a cena e o resto do filme pouco importou, mesmo tendo-me divertido com o Vince Vaughn a achar que é black, o Harvey Keitel a ser tudo menos o que se estava à espera ou com a banda de gangsters/rappers. Já tinham valido os meus cinco euros.

Um conselho: se forem ver, ignorem a história principal da cantora novinha com um sonho de esrelato, não há paciência. E também não sei o que dizer da participação do Steven Tyler, dos Aerosmith (what the hell was that?).

Keep on moving, é o que vos digo.

3 Comments:

  • At 11:20 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Ainda não vi o filme, mas acho que vou seguir o teu conselho! Também adoro as cenas de dança e só uma grande dose de contenção não me faz levantar e dançar com os actores na tela!!! Fico-me por mexer os pézinhos... infelizemnte. MAs DEPOIS VINGO-ME EM CASA!!! Com o VHS... ou DVD (modernamente falando).

    a.m.

     
  • At 4:38 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Quando se fala de dança em cinema realmente nada mais é preciso dizer depois de Pulp Fiction. E já lá vão 11 anos, tempo suficiente para passar de moda ou aparecerem cenas melhores, mas não. Fez-se história no cinema.
    3 anos depois, em 1997, no entanto viria a existir uma cena de dança que me marcou tanto ou mais que Pulp Fiction em vários sentidos - Happy Together. Não só ainda hoje vejo aqueles frames na minha cabeça, como se de pinturas se tratassem, como oiço aquele tango de Piazolla e imagino-me em Buenos Aires.
    Recomenda-se. E muito.
    Tudo. Música, dança, imagem...

    rakel

     
  • At 7:02 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Eu tenho 2 pés esquerdos e sou destro... Está tudo dito.

    Mas já viste o "Ginger e Fred" do Felini?

    pedro

     

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