naperon

Duas boas amigas juntam-se para desarrumar os bibelots.

quinta-feira, junho 02, 2005

Auto-confissão

Passado algum tempo, percebi finalmente que tinha precisado muito, mesmo muito, de uma pessoa e nem sequer a mim fui capaz de dizê-lo. Achei extraordinário descobrir isso passado tanto tempo. Senti-me livre e aliviada por muitas razões. Senti-me triste por não ter sabido na altura. Senti esperança de não me voltar a acontecer.

Gostava no futuro de saber quando preciso de alguém e dizê-lo. Nem que fosse só para mim.

3 Comments:

  • At 8:19 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Talvez o não soubesses na altura. Não sabemos tudo no momento certo. O pensamento não acompanha a acção, e mesmo quando a precede é normalmente ultrapassado (baralhado) por ela.

    E de qualquer forma, mesmo que agora digas: preciso desta pessoa. Podes sempre estar enganada. E mais tarde vires a escrever um post sobre o como gostavas de não te teres enganado em relação aos teus sentimentos e como nunca mais vais dizer, nem mesmo só para ti, que precisas de uma pessoa.

    O melhor ainda é dizer: gosto de ti. Assim, sem mais. Mesmo que seja só para ti: gosto daquela pessoa. E depois o gostar alimentará a necessidade, o contrário é que por vezes não é muito saudável.

     
  • At 8:32 da tarde, Blogger ana vicente said…

    Usei o passado... já não preciso. Se calhar se ainda precisasse, não o saberia. A questão mais essencial aqui é que fiz tudo para me convencer de que não precisava.

    E, sim, concordo contigo.

     
  • At 12:52 da tarde, Blogger ana vicente said…

    Os comentários a este post fizeram-me reflectir. Eu falei em precisar e vocês falam em gostar, em amar. A minha pergunta é: precisar de alguém é necessariamente gostar desse alguém?
    Falava de ter precisado de uma pessoa a acompanhar-me num momento específico e não ter percebido isso. Não ter dito preciso de ti a acompanhares-me neste momento... acho que é uma questão interessante e ainda bem que a colocaram tão naturalmente, pois fez-me pensar. Se quiserem continuar a elucidar-me ou a confundir-me, gostava muito.

    E, Sandra, é claro que podes comentar e és sempre bem-vinda! E também gostei muito de te ver: és uma pessoa especial!

     

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